Reação do INSTITUTO AÇO BRASIL ao tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Nota enviada ao nosso BLOG por Sérgio Leite presidente do Conselho diretor do IAB
- joaocarlosamaral
- 4 de abr.
- 2 min de leitura

Sergio Leite:
“As tarifas impostas pelo Governo Trump a nível global vão causar um desvio ainda maior do comércio mundial para o Brasil, principalmente no caso do Aço, onde a importação de aço chinês já atingiu volumes elevadíssimos nos últimos anos e continua crescendo, o que torna urgente a adoção de novas Medidas de Defesa Comercial no Brasil.”
NOTA DA AÇO BRASIL
sobre novo anúncio
de tarifas nos EUA
Em relação ao anúncio sobre reciprocidade tarifária feito na quarta-feira (2/4) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Instituto Aço Brasil informa que, como não haverá tarifa adicio- nal aos 25% já anunciados em fevereiro para as exportações brasileiras de aço.
A prioridade do setor continuará sendo a defesa da via diplomática negocial para reestabelecer o acordo de cotas de exportação de aço firmado em 2018.
Tal acordo vigorou até 11/3/25 e previa a isenção de tarifas de importação ao aço brasileiro, consi- derando as cotas de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados (placas) e 687 mil toneladas de laminados por ano.
Foi resultado de árdua negociação, na época, entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, para atenuar os efeitos da chamada Seção 232, instituída em maio de 2018 pelo presidente Donald Trump em seu primeiro mandato, que estabeleceu alíquota de importação de 25% para o aço, independentemente de origem.
Em fevereiro deste ano, já em seu segundo mandato, o presidente Trump decidiu impor nova- mente a tarifa de 25% para as importações de aço, derrubando o acordo firmado em 2018.
Desde então, a indústria brasileira de aço vem defendendo a reconstrução do mecanismo de cotas, o que também tem sido alvo de grande esforço negocial por parte do governo brasileiro e de sua diploma- cia junto às autoridades norte-americanas.
Mais uma vez, o Aço Brasil reforça que a retomada das exportações de aço aos Estados Unidos nas condições vigentes até março atende não somente o interesse da indústria de aço brasileira, mas também da indústria de aço norte-americana.
As usinas norte-americanas demandaram quase 6 milhões de toneladas de placas de aço em 2024, das quais 3,4 milhoes de toneladas vieram do Brasil.
O não reestabelecimento do acordo será prejudicial a ambos os países, razão pela qual o Aço Brasil mantém sua confiança na continuidade do diálogo entre os dois governos, de forma a retomar o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos.

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