Estado se consolida como principal destino turístico do país, com fluxo de turistas maior que
em período anterior à pandemia.
Dados foram gerados nos três primeiros meses do programa
Reviva Turismo, lançado em maio pela Secult.
O período de pandemia fez com que revêssemos uma série de conceitos, hábitos e, porque não, de valores e costumes. Em vários setores da vida, já é possível perceber claramente essas mudanças.
O ato de viajar e o que as pessoas procuram ao fazer turismo são exemplos disso.
Antes colocada como tendência, a fruição ao ar livre, assim como os deslocamentos mais próximos, além da escolha por um lugar mais acolhedor e seguro neste momento, se tornaram
a nova realidade do ir e vir do ser humano pelo planeta, por um período presente e futuro que
ainda está para ser identificado.
É neste cenário que Minas Gerais vem se destacando, com
números substanciais que indicam o crescimento do turismo no estado, colocando-o como o
principal destino brasileiro em 2021.
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) lançou, em maio deste ano,
quando o setor do turismo começou a dar sinais de retomada gradual com o avanço da
vacinação no Brasil, o programa Reviva Turismo, voltado a identificar tendências e promover o
estado, seguindo os protocolos de biossegurança. Desde que ele foi colocado em prática, o fluxo
turístico em Minas Gerais identificou uma movimentação de mais de 6 milhões de pessoas,
garantindo números maiores inclusive que o período anterior à pandemia.
Pelo Aeroporto
Internacional de Belo Horizonte, por exemplo, uma das portas de entrada para o estado, em
agosto de 2019, período pré-pandemia, passaram cerca de 570 mil pessoas. Já em agosto de
2021, o fluxo supera 670 mil turistas, ou seja, mais de 100 mil novos viajantes pelo estado.
O novo relatório divulgado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG) registra que,
em agosto de 2021, mais de 2 milhões de viajantes circularam pelo estado.
Segundo dados da
última Pesquisa de Demanda realizada pelo Estado, em 2016, visto que ainda não há uma
medição mais atualizada deste viés até então, a média de gasto de um turista em Minas Gerais
é de cerca de R$ 105 por dia.
A média de permanência do viajante no estado é de
aproximadamente 6 dias, o que dá o valor R$ 630 por turista.
Ao multiplicarmos 2 milhões de
pessoas por R$ 630, chegamos ao montante de R$ 1,26 bilhão injetados na economia mineira
por mês desde maio de 2021. Em três meses, desde o lançamento do Reviva Turismo, esse
número chega a R$ 3,78 bilhões.
No que diz respeito ao movimento de empregos no setor do turismo em Minas Gerais, que vinha
registrando quedas até o mês de maio, a partir de junho, com a recuperação exponencial que o
setor vem passando, já houve registro de mais de 12 mil novas vagas preenchidas no acumulado.
Somente no último mês de agosto foram registrados mais de 5 mil postos de trabalho ocupados
no setor do turismo no estado.
O programa Reviva Turismo colocou como meta o aumento de
100 mil empregos na área em 15 meses. Em três, o estado já alcançou, portanto, 12% desse
montante.
Minas conquista o imaginário coletivo
O contexto promissor vivido por Minas Gerais no momento é comprovado também pelos papéis
de destaque que o estado vem desempenhando nas mais variadas vertentes relacionadas ao
turismo.
A tradição, a cultura, a cozinha e o jeito único de seu povo fazem de Minas um dos dez
destinos mais acolhedores do mundo, segundo o ranking global da premiação Travellers Review
Awards 2021, da plataforma de reservas online Booking.com.
Esta é a primeira vez que uma
localidade brasileira está presente na lista das Regiões Mais Acolhedoras no Mundo.
De acordo com a mesma premiação da Booking.com, Minas Gerais também abriga três das 10
regiões mais acolhedoras do Brasil. Pela lista divulgada neste ano pela plataforma, Monte Verde,
no Sul de Minas, aparece em segundo lugar.
Já Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, na região
central, está na sétima posição. Quem fecha o rol dos locais mais acolhedores do país, no 10º
lugar, é a Serra do Cipó, compreendida pelo município de Santana do Riacho, também na região
central de Minas Gerais.
Já São Bartolomeu, distrito de Ouro Preto de 730 habitantes banhado pelo Rio das Velhas, é um
dos três destinos brasileiros selecionados pelo Ministério do Turismo (MTur) para representar o
Brasil no concurso "Melhores Vilas Turísticas do Mundo", promovido pela Organização Mundial
do Turismo (OMT), agência das Nações Unidas.
As sucessivas conquistas do estado em notoriedade são também reflexo das campanhas “Minas
para Minas”, “Minas para o Brasil” e “Minas para o Mundo”, desenvolvidas pela Secult no
âmbito do Reviva Turismo.
“Minas para Minas”, que teve início há cerca de um ano, relacionase ao turismo de proximidade, e ofereceu o destino Minas Gerais para os próprios mineiros, para
que estes possam se reconhecer, visitar e resgatar o seu amor pelo estado, exaltando o
sentimento de pertencimento do mineiro.
A segunda etapa é a “Minas para o Brasil”, fase atual,
que conta com ações de promoção e comercialização do destino Minas Gerais nos modelo B2B
e B2C, como, por exemplo, parcerias com operadoras e agências para oferecimento de pacotes
para todo o Brasil, ações de audiovisual e turismo autoguiado. As ações conjuntas com
operadoras e agências brasileiras têm efeito internacional, abrindo a nova fase que será a
campanha “Minas para o Mundo”.
Mas o reconhecimento das potências do estado não para por aí. Um dos seus maiores cartões
de visita, a singular Cozinha Mineira, ganha os holofotes com a recente conquista no concurso
internacional “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, promovido na França. Produtores
mineiros ganharam 40 medalhas das 57 faturadas pelo Brasil, liderando o ranking brasileiro na
premiação.
Além do alto número de prêmios no quadro geral, Minas Gerais levou quatro das
cinco medalhas Super Ouro, que são as mais cobiçadas e mais raras, revelando a força e o vigor
da cozinha mineira, o cuidado e a excelência de nossos produtos artesanais.
Minas Gerais é também o maior produtor de café do Brasil, sendo responsável por
aproximadamente 54,3% da safra nacional, colocando o país como maior produtor e exportador
do grão no mundo, de acordo com dados do Observatório do Café, da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No estado, são 463 municípios produtores de café em uma
área cultivada de 1,2 milhão de hectares (dados do mapeamento do parque cafeeiro mineiro de
2018).
A macrorregião Norte e Vales do Jequitinhonha e Mucuri possuem 77 municípios
produtores e uma área plantada de 37,8 mil hectares. Já o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e
Nordeste somam 51 municípios e uma área cafeeira de 211,9 mil hectares.
Na Zona da Mata
mineira, Vale do Rio Doce e região Central são 181 municípios e uma área cultivada de 322 mil
hectares.
As regiões Sul e Centro-Oeste, juntas, possuem a maior área. São 649,9 mil hectares
plantados em 154 municípios.
Já os azeites mineiros também ganharam evidência em setembro, durante o Brazil International
Olive Oil Competition 2021, concurso que reuniu produtos de países da América Sul, da América
do Norte e da Europa. Foram premiados azeites de Baependi e de Andrelândia, enquanto os
produtos da Serra da Mantiqueira já vêm conquistando paladares há alguns anos em premiações
internacionais.
Crédito facilitado para setores de turismo e eventos
O Governo de Minas, por meio de parceria entre a Secult e o Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais (BDMG), dentro do eixo de Infraestrutura do Programa Reviva Turismo, está
oferecendo linhas de crédito especiais para os setores de turismo e eventos. O BDMG reduziu
para 5% ao ano + SELIC a taxa para micro e pequenas empresas de Minas Gerais interessadas
em obter crédito por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Pronampe).
O movimento beneficia os setores ligados a turismo e eventos e
diferencia o banco da concorrência, uma vez que as demais instituições financeiras do mercado
estão praticando uma taxa de 6% ao ano + SELIC.
O crédito da linha Pronampe pode ser aplicado em capital de giro ou em investimentos, com
prazo total de 48 meses para pagar e 11 meses de carência.
Além da menor taxa de juros, há
outros diferenciais em relação ao restante do mercado: as empresas com participação feminina
no capital social maior ou igual a 50%, há pelo menos seis meses, e as empresas da cadeia do
turismo, eventos, bares e restaurantes, contam com Tarifa de Abertura e Acompanhamento de
Crédito (TAAC) reduzida.
Além dessa importante iniciativa, Minas Gerais comemora o crescimento constante dos
contratos assinados por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). No país, entre 2020 e 2021,
6.385 contratos foram firmados no Fundo, e o estado ocupa a segunda posição com a maior
quantidade de contratos, somando 1.113 entre janeiro de 2020 e outubro de 2021.
Esse
indicador positivo da economia do turismo em Minas é também reflexo das ações do programa
Reviva Turismo para estimular o setor.
O Fungetur é uma linha de financiamento com recursos
do Ministério do Turismo (MTur) destinada, preferencialmente, aos segmentos de micro,
pequenas e médias empresas.
O aumento desse índice representa giro mais estável na
economia do turismo, uma vez que é possível ampliar a capitalização de empresas ligadas ao
setor, garantindo a seu funcionamento, a realização de obras de infraestrutura turística, além
de manutenção de empregos no estado.
Minas para o Mundo
Para consolidar a internacionalização de Minas Gerais, a Secult já percorreu os primeiros passos
com a abertura de uma representação do estado em Portugal, tornando Minas o primeiro
estado brasileiro a ter este tipo de ação no exterior.
A estratégia integra campanha “Minas para
o Mundo”, mais uma ação do Programa Reviva Turismo.
O ponto de partida para promover o
destino Minas Gerais em terras estrangeiras começa com o projeto Via Liberdade, rota turística
e cultural que irá se estender pela BR 040, ligando as belezas, as histórias, a cultura e a arte de
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal.
Além de comemorar o bicentenário de
independência do Brasil, o projeto celebra os 100 anos da Semana de Arte Moderna, em 2022.
A intenção de levar a cozinha mineira para o mundo foi enfatizada na última quarta-feira,
quando o secretário Leônidas Oliveira e a subsecretária de Turismo, Milena Pedrosa, estiveram
na Assembleia Legislativa, a convite do presidente da Comissão de Turismo da Casa, o deputado
Mauro Tramonte, e o Corpo Consular no Estado, além de outras entidades ligadas ao turismo e
à gastronomia, para traçar estratégias de promoção da nossa culinária inicialmente na Europa e
nas Américas, para depois ganhar contornos para o restante do mundo.
Um evento está previsto
para Portugal no início de novembro, para dar o pontapé inicial nesta ação.
Edital Reviva Turismo vai ajudar a promover Minas como destino
Em iniciativa inédita no estado e pioneira no Brasil, a Secult também lançou o Edital Reviva
Turismo para fomentar o turismo mineiro.
Orçado em R$ 10 milhões, o edital representa ainda
o fortalecimento das parcerias do Governo de Minas com o setor privado na estruturação e
promoção conjunta da marca Minas como destino. O objetivo é realizar investimentos de
marketing para divulgar e promover o potencial turístico de Minas Gerais, o aumento do número
de visitantes ao estado e gerar, assim, mais empregos, renda e desenvolvimento
socioeconômico.
O edital, que terá o período de inscrições entre 25 de outubro e 8 de novembro deste ano, prevê
o investimento em 60 projetos, sendo 20 de apoio à comercialização (R$ 80 mil para cada) e
outros 40 projetos de promoção (R$ 210 mil para cada).Dentre as ações de apoio à
comercialização, a expectativa é sejam criadas ações como famtours; encontros de negócios;
treinamentos e elaboração de roteiros turísticos em conjunto para operadores e agentes de
viagens; além da criação, produção e divulgação online, seguindo a tendência de compra do
turista.
Já dentre as ações de promoção de destinos e produtos turísticos as ações são: criação,
produção e divulgação online de materiais digitais, conteúdos promocionais para redes sociais,
sites ou blogs, press trips, ações de publicidade ou propaganda exclusivamente online; produção
e aquisição de fotos e vídeos, de alta qualidade, para fins de promoção do destino ou produto
turístico.
Os proponentes deverão ser organizações sociais que trabalham com turismo e possuam
produtos turísticos já estruturados. Todos os projetos devem atuar com produtos turísticos
mineiros com foco no turismo cultural, turismo de natureza, turismo de aventura, turismo
gastronômico, turismo rural, turismo de negócios e eventos e cicloturismo.
Acesse o Edital e seus anexos AQUI.
Fonte:
Secult/MG
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